quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Quíron




Para estrear o blog, escolhi postar o mito de Quíron, que corresponde ao signo de Sagitário. Embora meu signo solar seja Peixes, minha lua mora nos domínios do centauro, e é a energia deste signo que comanda minha emotividade, e, portanto, traduz muito de mim. Estou saindo de um ano no qual estive sob a regência de Virgem (o que poderia ser pior para uma pisciana que um ano de Virgem junto com o retorno de Saturno? Que me desculpem os virginianos, eu quero MESMO a morte de Perséfone), e no próximo dia 01, estarei inaugurando um ano sob a regência do centauro, que responderá não só pelo ascendente do ano, como também pela minha lua, reforçando ainda mais as características que já trago de berço da minha lua natal.

Então, com essa homenagem ao "Curador Ferido", inicio este novo blog, para tratar de astrologia, assunto que passou a me despertar interesse pelos idos de 2005 e que a cada dia ganha mais espaço nos meus momentos de ócio produtivo. Fui seduzida pela exatidão com que é capaz de descrever personalidades, e obviamente, pelo que há de misterioso no tema: como planetas que estão localizados a tanta distância conseguem determinar o que somos e nossa caminhada pela vida (não exatamente determinam fatos, mas estados emocionais que podem conduzir-nos à determinadas ocorrências)? Somos realmente livres para sermos e pensarmos o que quisermos e agir da maneira como nos convier, ou estamos presos à uma Lei?

Após me aprofundar na estrutura arquetípica deste sistema, a partir do estudo dos mitos que lhe explicam as determinações de tipos psicológicos, fui me convencendo que não... não somos tão livres assim.

Quíron

O mito que caracteriza Sagitário é o de Quíron, o centauro ferido e curador. Era considerado uma espécie de Rei dos Centauros, meio homem, meio cavalo, e vivia com sua tribo em meio a floresta. Quíron sempre foi conhecido pela sua sabedoria sobre a vida, a natureza e principalmente sobre o comportamento humano. No entanto possuía um lado selvagem e muito pouco civilizado.

Era o sábio, o professor, o filósofo e era muito misterioso, pois carregava uma profunda tristeza por ser diferente. Ao mesmo tempo que possuía sabedoria divina, tinha também um profundo conhecimento sobre o lado animal dos homens. Era considerado bastante estranho nosso Quíron.

Filho da união de Cronos (Saturno) e a ninfa Phylira, sua conformação física se explica pelo fato de Cronos ter assumido a forma de um cavalo para conquistar Phylira. Rejeitado pela mãe, foi levado ao Olimpo, para ser ensinado pelos deuses. Tornou-se um sábio nas artes de guerra, da música, da terra, da astrologia, da cura e da medicina. Por sua extrema sabedoria, ganhou o dom da imortalidade e ficou conhecido como deus da cura. Ele ensinou heróis como Aquiles, Jasão, Hércules entre muitos outros.

Certo dia foi ferido por uma flecha embebida com o veneno da Hidra de Lerna, atingido acidentalmente por Hércules, porém não pereceu devido o seu dom de imortalidade. Assim sendo, não morreu mesmo com sua ferida de veneno mortal. Quíron é aquele que cura, mas que também está ferido. É a figura do sábio que conhece a dor. É um curandeiro que conhece o poder da magia e das ervas, no entanto não pode curar a si mesmo. Mas mesmo em meio à sua dor, Quíron é uma figura otimista e positiva, e dá essas características à Sagitário Assim como Quíron, Sagitário mesmo em meio à inevitável dor do sofrimento, é otimista e positivo, está sempre olhando à sua frente, em direção ao futuro. Tem uma percepção profunda do sentido da vida, de que somos divinos, apesar de nossa animalidade. O que conduz a vida dos sagitarianos é o ideal, a aventura, o mistério do que ainda não foi explorado, o futuro. Sagitário sempre precisa de algo novo, seja um livro, uma viagem, uma idéia, qualquer coisa que o excite. É extremamente intuitivo, religioso, e sua maior característica é a fé em si mesmo e na vida.

Devido às dores insuportáveis que a ferida na perna lhe proporcionavam , em uma atitude nobre, pede a Zeus (Júpiter) que lhe tire a imortalidade e a transfira a Prometeu (a quem foi dada a tarefa de proteger os homens e, que na tentativa de atingir o intento, roubou o fogo dos deuses para a dar a seus protegidos, sendo então castigado por tal feito) para que possa morrer e acabar de vez com a dor de sua ferida. Por tal atitude, Zeus o imortaliza na constelação de Sagitário.

Júpiter é o planeta regente do signo de Sagitário.